Infecções sexualmente transmissíveis (IST) são doenças infecciosas cuja transmissão ocorre essencialmente, porém não de forma exclusiva, pelo contato sexual. Vários agentes infecciosos estão envolvidos, ocasionando infecção clínica com diferentes manifestações. Consideram-se populações expostas a riscos de aquisição de IST aquelas cujo comportamento ou a contingência social leva a exposição freqüente aos meios de contágio para essas enfermidades. Historicamente, alguns grupos estão inseridos neste contexto como homens que fazem sexo com homens, mulheres profissionais do sexo e os homens em geral, por culturalmente não buscarem os serviços de saúde de forma preventiva. Entre as populações vulneráveis as IST, encontramos também os usuários de drogas, devido ao comportamento de risco que apresentam. A infecção pelo HPV é uma IST com incidência mundial crescente e de difícil controle, cuja principal via de transmissão é a via sexual. A exposição ao HPV acontece mais freqüentemente em mulheres jovens e sexualmente ativas. O homem representa o principal elo na cadeia epidemiológica desse vírus, atuando como portadores e transmissores para suas parceiras. Além dos sítios habitualmente descritos, a ampliação das pesquisas vem revelando o aparecimento de HPV de alto risco oncogênico e sua provável associação com o desenvolvimento de malignidade na região de orofaringe e cordas vocais. A hepatite B representa outra importante IST sendo uma das mais comuns e graves doenças infecciosas transmitida por contato sexual. Em conjunto temos a hepatite C que apesar da transmissão por via sexual ser menos eficiente do que a transmissão do HIV, HBV e outras IST, essa exerce importante papel no risco de aquisição destas e de outras infecções. Atualmente, a infecção pelo HIV e a Aids estão entre as principais causas de morte no mundo. A epidemia da AIDS é, reconhecidamente, um problema global de saúde pública, com impactos nas áreas de saúde, sócio-econômicas e demográficas. O objetivo desse estudo é Caracterizar os aspectos imunológicos, sorológicos e moleculares das Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) em grupos populacionais expostos a risco de Mato Grosso do Sul.