Prevalências, fatores e comportamentos sexuais de risco para doenças infecciosas em usuários de cocaína, crack e similares em Campo Grande e região de fronteira do Mato Grosso do Sul

Saúde das Populações Vulneráveis

Estima-se mais de 900.000 usuários de crack e entre os países emergentes, o Brasil é considerado o maior mercado na América do Sul. Estima-se que tanto a cocaína quanto o crack são consumidos por 0,3% da população mundial.No Brasil considera-se o consumo de crack com um fenômeno recente, surgido há 20 anos no Brasil. Em alguns países europeus, o problema tornou-se relevante há pouco mais de cinco anos, e nos Estados unidos da América há 25 anos. O consumo de crack está se transformando numa epidemia de grandes proporções, tornando-se um problema de saúde pública. Compreender o perfil dos usuários de substâncias psicoativos e desenvolver abordagens adequadas tornou-se um desafio para os profissionais de saúde. O perfil dos usuários de crack é de baixo nível socioeconômico e com uma particularidade, estar associado ao comportamento de risco que apresentam:prática de atividade sexual sem proteção e o número elevado de parceiros, com ou sem remuneração ou como troca para a aquisição de entorpecentes entre usuários de droga. Diversos países buscam direcionar intervenções a usuários de drogas injetáveis (UDIs). Para isto, pesquisas são realizadas com levantamento e análise de dados demográficos, comportamentais e soroprevalêcnia das infecções pelo HIV, hepatites virais e outras DSTs, bem como da Tuberculose. Esse estudo tem como objetivo conhecer o perfil dos usuários de cocaína, crack e similares, os comportamentos de risco, bem como a soroprevalência e fatores de risco associados à infecção pelo HIV, HTLV, vírus das hepatites B e C, Mycobacterium tuberculosis, agente causador da tuberculose e T. Pallidum, agente etiológico causador da sífilis, em Campo Grande e regiões de fronteira do Mato Grosso do Sul.