Febre maculosa: um olhar na saúde única: Dra. Alexsandra Favacho alerta sobre a urgência de adoção de medidas preventivas

Com o aumento de casos confirmados e óbitos de febre maculosa no país, em especial na região Sudeste, a Dra. Alexsandra Favacho, pesquisadora titular da Fiocruz Mato Grosso do Sul destaca a necessidade de ações rápidas e eficazes.
20 de Março de 2024

A febre maculosa tem sido uma preocupação crescente no Brasil, com um aumento significativo de casos relatados nos últimos anos. De acordo com o Ministério da Saúde, em 2022, foram registrados 190 casos de febre maculosa em todo o país. E até junho desse ano, já foram notificados 60 casos confirmados e 11 óbitos.

Algumas regiões do Brasil têm sido afetadas pela ocorrência da febre maculosa, principalmente os estados das regiões Sudeste e Sul que relatam um maior número de casos. Nesse cenário preocupante, a Fiocruz Mato Grosso do Sul desempenha um papel fundamental na vigilância epidemiológica da febre maculosa. Sob a liderança da Pesquisadora em Saúde Pública, Dra. Alexsandra Favacho, a instituição tem conduzido estudos abrangentes sobre a epidemiologia, a transmissão e o diagnóstico da doença, além de buscar estratégias eficazes de prevenção e controle, e viabilizar a disseminação de conhecimento sobre febre maculosa a população.

"A febre maculosa é uma doença de gravidade variável que demanda atenção e ação imediata. Estamos vivenciando um aumento de casos confirmados na região Sudeste, o que evidencia a necessidade de intensificar nossos esforços para compreender melhor essa doença e desenvolver estratégias eficazes de prevenção e controle em áreas de potencial risco", destaca a Dra. Alexsandra Favacho, pesquisadora em saúde pública da Fiocruz Mato Grosso do Sul.

 

Foto: Dra Alexsandra Favacho
Foto: Carrapato Estrela. Autor: Dra Alexsandra Favacho.

 

Segundo a Pesquisadora, medidas simples, como evitar áreas infestadas por carrapatos, usar roupas e calçados de proteção e realizar inspeções minuciosas após atividades ao ar livre, são cruciais para reduzir o risco de contaminação. "Além disso, é essencial promover a conscientização da população sobre os riscos associados à febre maculosa e as medidas de prevenção que podem ser adotadas. A colaboração entre instituições de pesquisa, órgãos de saúde e a sociedade em geral é fundamental para enfrentarmos esse problema de importância na saúde pública de maneira eficaz".

A colaboração entre órgãos governamentais, instituições de pesquisa e a população em geral é essencial para enfrentar esse desafio e alcançar os resultados adequados de saúde pública. "A Fiocruz tem se dedicado incansavelmente ao estudo da febre maculosa, buscando contribuir com o diagnóstico laboratorial adequado e compreender a dinâmica de transmissão da doença. Nossas pesquisas têm se concentrado nos carrapatos, nos animais e na população humana para a detecção da bactéria causadora da doença, a fim de fornecer uma abordagem em saúde única, em particular no controle dessa zoonose e embasar nossas estratégias de combate", finaliza Dra. Favacho.